A criação de espaços seguros e a promoção da conscientização sobre a saúde mental são passos cruciais na valorização da vida

O nono mês do ano é caracterizado pela Campanha do Setembro Amarelo, criada com o intuito de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as pessoas busquem e ofereçam ajuda. E embora muitas pessoas desconheçam, a arquitetura está diretamente ligada a essa campanha, mostrando que a dinâmica do espaço pode fazer diferença, auxiliando na busca pela recuperação da vontade de viver.

A qualidade de vida do ser humano está relacionada ao tipo de espaço que frequenta. Isso inclui os ambientes usados para trabalho, estudo, passeio e, principalmente, a própria residência. “Uma casa não acolhedora, desorganizada e que não propicia momentos de bem estar, pode trazer um desconforto muito grande”, afirma a arquiteta Germana Lara.

Ela ainda ressalta que um projeto de decoração eficaz é aquele que engloba diversos tipos de conforto, do visual ao mental. Dessa maneira, trabalhar com elementos que proporcionam essa sensação é um caminho certeiro para a obtenção de mais qualidade de vida. “Um design de interiores que seja acolhedor e agradável pode criar um ambiente positivo. Cores, texturas e móveis que promovem uma atmosfera aconchegante e relaxante podem ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade”, completa.

Setembro Amarelo e a arquitetura

Em suma, a casa pode desempenhar um papel importante na construção do bem estar mental, proporcionando um ambiente de apoio, conforto e segurança emocional. É importante que as pessoas reconheçam a importância de cuidar do ambiente em que vivem para promover a saúde mental e o bem-estar.

Os sintomas da depressão incluem o isolamento, o choro frequente, a irritação e a perda de prazer nas atividades que antes agradavam. Por essa razão, ter um jardim onde se possa tomar sol pode fazer muita diferença. “Isso porque a iluminação natural e a presença de plantas contribuem para a ativação de hormônios responsáveis pela disposição e motivação”, finaliza a arquiteta.

Além disso, a neuroarquitetura pode auxiliar na diminuição de sintomas e transtornos através da criação de ambientes mais saudáveis, que podem incentivar hábitos e um estilo de vida mais positivo para que as pessoas não tenham intensificações de questões relacionadas a transtornos mentais e comportamentais.

Fonte: Germana Lara é arquiteta, há mais de 15 anos está à frente do escritório Larc Arquitetura em Belo Horizonte. Sua equipe desenvolve projetos residenciais com objetivo de realizar os desejos e sonhos de seus clientes com excelência, além de projetos comerciais focados no público e propósito das empresas. – @larcarquitetura –

Foto: Acervo Pessoal | Divulgação


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